Luiza e Pedro se conheceram em 2006. Após 5 anos juntos, chega em 2011 o momento tão esperado: seu casamento.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Stress mode on

Eu não tinha porque considerar aquele dia diferente, não tinha nada de anormal para acontecer... mas isso era só o começo do dia. De manhã, minha produção já não estava muito boa, meu trabalho não estava rendendo, até que eu chefe me alertou isso, o que é muito diferente de você mesma perceber. Fiquei com aquilo na cabeça, mas nada que pudesse me chatear muito. O dia de trabalho acabou e já era hora de ir para UERJ, um caminho que toma quarenta e cinco minutos do meu dia, ou pelo menos, costumava ser assim. Eu já não estava mais tão bem, parecia que alguma coisa queria me tirar do sério, alguma não, muitas! O ônibus demorou uma hora e meia pra fazer o caminho de sempre, mas cada vez que ele andava mais veloz que uma lesma e fazia uma das trinta e sete paradas que fez, parecia que eu via um pininho da minha paciência se soltando. Era impressionante como eu não conseguia prestar atenção em mais nada, parecia uma afronta daquele motorista, hora parava em frente a uma obra com peões a todo vapor, hora parava em frente à igreja bem na hora do fervor do culto. Minha cabeça latejava, ouvia um zumbido como se fossem vinte crianças chorando por pirraça no pé do meu ouvido. Não preciso nem dizer que depois dessa perturbação toda, perdi a primeira aula, mas que mal isso podia ter? Eu agora estava livre daquele ônibus e de qualquer tormento que ele pudesse me oferecer. Cheguei à faculdade e corri pra falar com a professora, não sei se ela também estava tendo um dia difícil, mas não esperava que ao dizer que não consegui chegar a tempo para sua aula ela me respondesse "é, eu percebi" e virasse as costas antes que eu explicasse o porque. Imaginei naquela hora como seria bom gritar, chorar, e extravasar toda a raiva que eu estava de uma dia todo com aquela pessoa. Sabe aqueles flashs em que você vê tudo o que sempre sonhou fazer mas nunca teve coragem, então... foi exatamente isso que aconteceu. Meu dia ainda não tinha acabado e não tinha porque eu me aborrecer com mais alguma coisa naquele dia. Não via a hora de chegar em casa e contar para o Pedro como tinha sido horrível o meu dia, até que essa hora chegou. Disparei as palavras contra ele e não parava como uma metralhadora desregulada foi então que ele disse as palavras que mudaram o meu dia: "ta ansiosa amor?" um instante de silêncio pairou sob a sala. Eu fiquei calada, coisa que não fiz o dia inteiro. Foi um minuto de autoreflexao que me fez relaxar naquele dia conturbado: na era o meu chefe, não era o meu trabalho, não era o trânsito, não era a faculdade, era eu! Era uma questão muito mais importante para a minha vida, o meu casamento estava marcado, mas muitas coisas ainda não estavam definidas, algumas coisas da vida de casada eu nem podia definir agora. Eu percebi que a minha ansiedade ocupava 80% de mim e ou eu controlava ela ou ela continuaria a me dominar. Eu não tinha porque imaginar como as coisas aconteceriam no dia, elas aconteceriam independente do que eu criasse ou esperasse que acontecesse. Quando voltei a mim não tive como negar, dessa vez não tinha como discordar do Pedro. E por pura curiosidade perguntei se ele também estava, tinha absoluta certeza que ele diria não e ainda me daria um conselho de como superar. Segundo momento de silêncio do dia, ele respondeu "to", só isso, mais nada. Não adiantava buscar explicações, era um momento novo nas nossas vidas, tudo mudando, a gente mudando, e cada sentimento estranho aparecendo, que ninguém tinha avisado que apareceria, que não se pode estar sozinho. Se não for casal, se não for por algo mais, é melhor parar por aí, porque depois vem muito mais....

Um comentário:

  1. Ai Meu Deus, não sei se acho lindo esse post, se já me preocupo de uma vez por todas ou se arranco os cabelos de minha cabeça... to tensa só de pensar que vou passar por isso um dia... e provavelmente será bem pior, mas já decidi vc será a minha cerimonialistaaaaaaaaa \o/

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