Luiza e Pedro se conheceram em 2006. Após 5 anos juntos, chega em 2011 o momento tão esperado: seu casamento.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Quer casar comigo?

Ainda não tinha amanhecido. Eram quatro horas da manhã e o despertador tocou. A cama estava tão quentinha, tão acolhedora que a única coisa que eu não queria era sair dali, pensei até em colocar mais dez minutinhos no celular, mas eu não podia. Essa viagem estava planejada há meses e se a gente perdesse esse voo, eu nunca iria me perdoar. Agitamos tudo para sair de Niterói e chegar com folga no aeroporto, que fica na Ilha do Governador, afinal de contas, de madrugada não tem motivo nenhum para ter trânsito. Ah é!? Era por que a gente tinha comprado o pacote com emoção então, porque no caminho tinham acontecido dois acidentes e a ponte estava toda parada. Mas isso não era suficiente para nos impedir de chegar ao nosso destino final; saímos correndo pelo saguão do aeroporto, carrinho, malas, meu cabelo, tudo voando. Até que chegamos ao chek in e só faltam quinze minutos para o nosso voo sair. Um anjo da companhia aérea, que se eu lembrasse o nome dele com certeza mencionaria, mas minha memória muito falha não me permite tamanha façanha, trocou as nossas passagens sem nenhum problema. Já tinha separado um livro para ler durante a viagem, mas não consegui nem terminar a primeira página, o cansaço era tanto que só acordei quando chegamos. Finalmente, Buenos Aires! Uma sensação tão boa, tão gostosa tomou conta da gente. Que cidade maravilhosa. Não tinha forma melhor para comemorar o nosso aniversário de 4 anos. Uma cidade muito limpa, muito organizada, muito atrativa para turistas, só a comida que estava nos deixando na mão. Então resolvemos seguir uma indicação e procurar um restaurante em Puerto Madero, e acertamos em cheio! Que comida deliciosa, que lugar deslumbrante, pena que a comida demorou demais, ainda bem que o vinho não! Foi quase uma garrafa inteira enquanto conversávamos sobre nós, riamos e aproveitamos o lugar. E como ríamos, até a o hora em que percebi que estava rindo demais e me dei conta de que o vinho já havia mudado todo a minha volta, as coisas não paravam de girar, quando a comida chegou, não tive o menor apetite, e depois dali só queria voltar para o hotel. O Pedro ainda tentou conhecer um cais que tinha ali perto, mas estava um vento tão frio, que eu só queria casa! No dia seguinte acordei super bem e descansada, pronta para mais um passeio, e foi ai que o Pedro sugeriu o Jardim Japonês. Fomos de metrô, e depois andamos, andamos, andamos muito. Esquecemos na noite anterior de recarregar a câmera e eu fiquei com medo de que não conseguisse registrar a beleza do lugar. Tudo era lindo, mas na hora em que vi um banquinho ali sozinho, dando sopa, corri para descansar as pernas que tinham sido tão mal-tratadas nas últimas horas. E foi ali, naquele banquinho, simples, de pedra, em que os últimos raios da tarde de Buenos Aires apareceram para nós e foi ali que o momento mais mágico das nossas vidas aconteceu. O Pedro deu o primeiro sinal do que queria, e eu percebi pela delicadeza da voz dele e a procura pelas palavras certas para me falar algo que conversávamos há anos, mas parecia ser só um sonho. O Pedro tem muito disso, trazer do sonho para o real, já eu, não acreditava nem no que estava diante de nós. Estávamos ali, parecia que não tinha mais ninguém, eu estava debruçada nele, podia ouvir sua respiração, podia perceber o quanto estava nervoso, não mais que eu, e foi quando ele finalmente disse “quer casar comigo?”. Eu não sabia se era para responder, a resposta era óbvia, era claro que eu queria sempre quis, desde a primeira vez em que ficamos juntos. E juntos era uma coisa que eu queria que ficássemos para sempre e sempre...

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